Entenda Como A Educação Financeira Pode Ajudar Na Cura da Depressão

Entenda Como A Educação Financeira Pode Ajudar Na Cura da Depressão

Tempo de leitura: 8 minutos

Segundo diversos estudos a depressão é uma das doenças que mais atingem a população mundial na atualidade.

E para algumas situações, existe algo que está ao alcance de todos, não provoca efeitos colaterais negativos (provoca efeitos colaterais positivos) e pode ajudar muito na cura dessa doença.

É a Educação Financeira e eu vou te explicar como isso acontece.

O profissional qualificado para tratamento da depressão

Antes de mais nada quero deixar bem claro que “Educação Financeira” não é tratamento para depressão.

Quero deixar claro também que quem cuida da depressão são os psicólogos e psiquiatras com apoio de outros profissionais (neurologistas, nutricionistas, etc) ok?

Estou falando sobre esse assunto porque sou Educador Financeiro e muitas pessoas que atendo dizem que a Educação Financeira colaborou bastante para melhoras na sua depressão.

Além disso, eu posso dizer que realmente é verdade porque a Educação Financeira contribuiu muito para a cura da minha depressão.

Eu tenho depressão, que para muitos casos é uma doença crônica, causada por vários fatores, e quando iniciei minha trajetória com Educação Financeira houve uma melhora extraordinária do meu quadro depressivo.

Se você quer ouvir com mais detalhes sobre este assunto fica comigo até o final desse artigo

Dois Aspectos Da Depressão

Em primeiro lugar vamos falar de dois aspectos da depressão: o primeiro é que ela pode ter origem em questões emocionais influenciadas por acontecimentos em nossa vida.

Por exemplo, uma pessoa se divorciou, perdeu o emprego, perdeu um ente querido, está muito acima do peso e isso prejudica sua autoestima, está sofrendo assédio no trabalho.

Tudo isso pode colaborar para a manifestação da depressão

Além desses vários fatores que podem favorecer o aparecimento da depressão, existe um outro, que é orgânico.

Ou seja, a depressão se manifesta quando a produção de substâncias neuroquímicas em nosso cérebro é comprometida.

Você já deve ter ouvido falar de serotonina, dopamina, noradrenalina, hormônios do bem estar, etc.

Quanto estamos com depressão, essas substâncias são produzidas em menor quantidade em nosso cérebro.

É por isso que em alguns casos, os médicos prescrevem remédios para equilibrar a produção dessas substâncias.

Temos que considerar também outros estudos afirmam que a depressão tem um componente genético e é influenciada pela alimentação e estilo de vida.

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Mas veja que interessante, há pessoas que podem passar por aqueles acontecimentos que eu acabei de citar e não terem depressão.

Alguém pode perder o emprego e sentir um grande alívio, outras pessoas podem lidar perfeitamente com o sobre peso, etc.

O que eu quero dizer: é que há pessoas que tem uma propensão maior à depressão do que outras.

E como ela é uma doença crônica, ela nunca é curada, ela é controlada.

Esse é meu caso, descobri isso depois de muitos estudos e reflexões sobre a minha vida e hoje eu consigo mantê-la sob controle, mesmo sem tomar remédio.

E olha que às vezes ela vem e pega pesado.

Mas só o fato de entender de onde vem aqueles sentimentos já te ajuda a se proteger.

É como controlar o diabetes, pressão alta, etc.

Você tem uma alimentação equilibrada, não comete excessos físicos, toma alguns remédios de controle, e isso faz com que a doença não prejudique muito sua vida.

E quando estamos com depressão, questões financeiras podem ter uma participação nesse quadro.

De duas formas.

Ou a pessoa não consegue administrar suas finanças devido às limitações da doença ou a depressão é ocasionada ou agravada por problemas financeiros.

Exemplo: a pessoa está ficando tão endividada que ela começa a ficar com vergonha da situação, frustrada por não conseguir resolver o problema e isso acarreta em um quadro depressivo.

Já atendi muitas pessoas que dizem isso.

E acontecia comigo também.

A frustração de ter problemas financeiros me jogava para baixo e impactava minha saúde.

Já atendi uma pessoa que já estava tomando remédios tarja preta prescrito por um psiquiatra porque sua situação financeira estava muito complicada.

Atendi outra pessoa que está pensando em se matar devido aos problemas financeiros.

Veja como é grave a situação.

E na verdade estas pessoas precisavam simplesmente de “Educação Financeira”.

Elas não sabiam usar seus recursos, eram influenciadas por diversas situações sociais e profissionais que levavam aos problemas financeiros, e aos poucos a depressão foi dando as caras.

Ok.

A Contribuição da Educação Financeira Para A Cura da Depressão

Mas onde entra a Educação Financeira?

Vamos lá.

Deixe de lado um pouco a depressão.

Quando as pessoas procuram a Educação Financeira ou um Consultor Financeiro o que elas querem?

O mais comum é elas fazerem isso quando estão insatisfeitas com suas finanças.

Por exemplo, estão endividadas, não veêm a cor do dinheiro, trabalham demais para pagar as contas, o seu relacionamento está abalado porque está tendo muita discussão financeira, etc.

Existem também, é claro, pessoas que procuram o consultor financeiro por questões positivas, é o caso de quem já tem um dinheirinho guardado e quer aprender a potencializar os seus investimentos, quer se organizar melhor para poupar mais, etc.

Certo.

Independente de uma situação ou outra, quando a pessoa tem acesso a Educação Financeira plena o que acontece?

Educação Financeira plena é aquela que não fala apenas de planilha, controle de gastos e rentabilidade de investimentos.

A Educação Financeira vai muito além disso.

Em educação financeira você fala de comportamentos, relacionamentos, crenças, convicções, conceitos arraigados em nossa mente, você trabalha o seu autoconhecimento, identifica onde estão seus principais erros, etc.

Então acontece que, durante o processo de educação financeira, o aluno vai aprendendo tudo isso, vai revendo sua postura e ele ou ela vai evoluindo significativamente.

Ela consegue reverter aquele quadro financeiro.

E ao fazer isso obtém outros efeitos colaterais positivos, por exemplo, fica menos desmotivado, menos ansioso, fica mais satisfeito com sua vida porque agora deixou de cometer erros grosseiros, fica satisfeito porque sente que agora está no controle, sabe se portar com as outras pessoas em relação a questões financeiras, aprende como interagir com instituições financeiras, etc.

Nesse momento aquela depressão começa a retroceder.

Em cada pessoa esse retrocesso tem uma intensidade.

Comigo por exemplo foi um impacto tremendo.

Eu percebia que à medida que eu assumia o controle da minha vida, me sentia bem e notava nitidamente que meu organismo estava agora produzindo os hormônios do bem estar, vamos dizer assim.

Foi isso que me fez me envolver tanto com a educação financeira a ponto de me tornar um profissional que ajuda outras pessoas a mudarem sua história.

Em muitos casos eu já ouvi pessoas dizerem que, após evoluírem com o aprendizado de educação financeira ficaram muito mais motivadas, começaram a se cuidar, voltaram a praticar esportes e reduziram suas visitas ao psicólogo, etc.

Veja aqui então como a Educação Financeira se torna parte do tratamento da depressão.

A pessoa melhora sua vida financeira, fica mais motivada, fica mais atenta à sua alimentação, começa a praticar esportes (alimentação e prática de esportes são duas das mais frequentes recomendações para tratamento de depressão) e com tudo isso junto a tendência natural é que ela melhore da depressão.

É um efeito cascata positivo.

É nesse sentido que eu quero dizer que a Educação Financeira tem um poder tremendo para auxiliar na cura da depressão, lembrando, é claro, quando questões financeiras estiverem incluídas em todo o “pacote” da doença.

De qualquer forma, para concluir, quero te dizer que a Educação Financeira é recomendada para qualquer pessoa, esteja ela totalmente sadia física, mental, emocional e financeiramente ou desmotivada, ansiosa, endividada e até depressiva.

E uma coisa importante é que ela não tem contraindicações.

Ela sempre vai te beneficiar de alguma forma, mesmo que você já tenha uma boa vida financeira.

Reflita sobre isso, e se houver sintomas de depressão na sua vida, procure um psicólogo em primeiro lugar e quem sabe, na sequência você também agregue a Educação Financeira ao seu tratamento.

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