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Como educador financeiro, tenho observado um comportamento recorrente entre aqueles que enfrentam dificuldades com o dinheiro: a reclamação constante.
Muitos se refugiam em lamentos sobre o governo, o custo de vida, o salário baixo, os preços dos alimentos, os bancos, os juros, e até mesmo o tempo.
Reclamam de tudo, menos de si mesmos.
Essa postura, embora comum, é extremamente nociva — porque paralisa, mascara a verdade e impede o avanço pessoal e financeiro.
A raiz do problema está dentro, não fora
Claro, não podemos negar que existem fatores externos que afetam a vida financeira.
O mundo é imperfeito, há crises, inflação, desemprego, desigualdades.
No entanto, é preciso coragem para reconhecer que a maior parte das nossas dificuldades tem mais a ver com nossas decisões, hábitos, crenças e comportamentos do que com o cenário externo.
A verdade é que a reclamação é uma forma sofisticada de fuga.
Ao reclamar, a pessoa transfere a responsabilidade.
E quando você transfere a responsabilidade, também entrega o controle.
Quem vive se queixando entrega o volante da própria vida nas mãos dos outros — e fica esperando que o mundo mude para só então tentar mudar também.
