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Continuando nossa reflexão sobre “A Importância da Educação Financeira em Instituições de Ensino”, falar agora sobre o público a ser beneficiado por ela.
Se você ainda não viu a parte 1, acesse AQUI!
4. Para Quem É A Educação Financeira (Pessoas)
Se você imagina que um projeto de Educação Financeira em escolas de Instituições de Ensino tem como foco principal o aluno, está com uma ideia muito limitada do potencial que este tema tem.
É evidente que só de atingir os alunos, considerando que seja um projeto sério, de longo prazo, desenvolvido com fundamentos consolidados e métodos adequados, pode-se contribuir muito para que esta criança/jovem ter um futuro financeiro muito mais saudável.
Mais do que isso, a educação financeira vai proporcionar a este aluno bem estar em outras áreas de suas vidas. Como disse Billy Graham:
“Se uma pessoa aprende a lidar com dinheiro, isso certamente vai ajudá-la a melhorar quase todas as outras áreas de sua vida.”
Muito profundo isso e comprovado na minha vida e na de centenas de pessoas que já pude ensinar.
Do aluno, um projeto de Educação Financeira vai impactar seus pais, irmãos e familiares. É claro que este impacto será diferente para cada pessoa, mas considerando que temos milhões de analfabetos financeiros espalhados pelo Brasil, uma boa contribuição será dada para que eles melhorem suas finanças.
Atingindo alunos e seus pais e familiares, a contribuição das escolas será enorme para termos uma sociedade melhor. Mas não para por aí.
Alguém vai dar as aulas certo? Sim, o professor.
Logo, os professores serão diretamente impactados pela educação financeira. E os filhos e cônjuges desses professores também. E esses professores poderão dar aulas para os seus colegas, os outros professores da escola. E também para os demais colaboradores da instituição. O número de pessoas atingidas começa a crescer exponencialmente.
Certamente o projeto tem tudo para atingir coordenadores, gestores, diretores, mantenedores da instituição. Todos podem se beneficiar da Educação Financeira. Basta aceitar que ela pode contribuir para melhorar a vida em todos os sentidos, como diz Billy Graham.
E não podemos esquecer da “comunidade” no entorno da escola. É perfeitamente viável e recomendável que a escola possa ampliar o ensino deste assunto para famílias próximas às escolas, especialmente as com limitações financeiras e culturais.
5. Para quem é a Educação Financeira ? (Instituições de Ensino)
Há um tipo de escola onde esse projeto pode dar certo?
Sim.
A educação financeira e ótima para escolas públicas e ótima para escolas particulares.
A educação financeira é importante para escolas técnicas e para escolas acadêmicas.
A educação financeira é ótima para escolas confessionais e não confessionais.
A educação financeira é ótima para “escolas de ricos” e “escolas de pobres”.
A educação financeira é ótima para escolas em grandes capitais e é ótima para escolas distantes dos grandes centros urbanos
A educação financeira é ótima para escolas de educação infantil, ensino fundamental, médio, superior e também aquelas escolas de estudos complementares como muitos projetos sociais.
Resumindo:
Qualquer escola pode se beneficiar e pode beneficiar sua comunidade se implantar a disciplina educação financeira.
6. Resultados do Ensino de Educação Financeira em Instituições de Ensino
Nos que fomos alunos em algum momento de nossas vidas já fizemos aquela pergunta:
Para que serve isso? Por que estudar esta matéria?
Quantas e quantas vezes ficamos em dúvida com certos conteúdos, seja de linguagem, matemática ou ciências.
Sabemos, como educadores, que nem todos usarão tudo o que aprenderam na escola. Mas alguns usarão alguns conhecimentos que outros não usarão. Isso tem a ver com a sua história de vida adiante.
Médicos usarão determinados conhecimentos, advogados outros, engenheiros outros, músicos mais outros. E sim, há aqueles conhecimentos que são universais, serão necessários para qualquer um, independente do que faça.
E eu posso te dizer:
Educação Financeira é útil para todo mundo. Quer você se torne um médico, um motorista de ônibus, um astronauta, um engenheiro, um faxineiro, um youtuber, um líder religioso, certamente a educação financeira lhe será muito importante.
E mais do que isso, eu vejo os resultados que este conhecimento causa na vida das pessoas. Portanto, crianças e jovens que tiverem acesso a essa disciplina certamente poderão desfrutar desses benefícios mais cedo e por muito mais tempo.
Vou enumerar alguns resultados da educação financeira:
– Saúde financeira.
Quem tem educação financeira vai ter saúde financeira. Talvez não 100% das pessoas sejam transformadas pela Educação Financeira.
Teremos alguns que ficarão de “recuperação” e outros que até serão “reprovados”.
Tem gente que não gosta desta matéria, assim como tem pessoas que não gostam de química, outros não gostam de física, outros não gostam de português.
Mas a maioria das pessoas que tiverem acesso a ela terão algum beneficio.
- O que é saúde financeira?
- É não viver para pagar contas.
- É não repetir a frase “trabalho, trabalho, e não vejo a cor do dinheiro”
- Saúde financeira é viver bem o presente sem esquecer do futuro.
- Saúde financeira e ter relacionamentos saudáveis porque problemas financeiros não são a pauta do dia
O que você acha disso? É bom para as pessoas? Deve ser algo exclusivo para uma pequena minoria?
– Redução da pobreza
A Educação Financeira é muito mais que um instrumento de crescimento pessoal.
Uma vez que boa parte da população tenha acesso a esse conhecimento, a pobreza tende a ser reduzida.
Com o analfabetismo financeiro prevalece a máxima de que os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.
Mas com a habilidade de lidar com dinheiro sendo espalhada por toda a sociedade, a distância entre ricos e pobres vai diminuir.
E isso não é mais o importante. Muitas pessoas se distanciarão da pobreza, do excesso de limitações financeiras, porque saberão usar o dinheiro a seu favor. E isso será extremamente benéfico.
– Pessoas motivadas e produtivas
Ouvimos que um dos grandes problemas do brasileiro está na sua produtividade.
Estudos mostram que trabalhadores de outros países são muito mais produtivos e isso lhes gera mais riqueza pessoal e mais progresso para as suas nações.
A produtividade e a criatividade estão relacionadas com diversos fatores, desde questões psicológicas e emocionais até aspectos demográficos e culturais.
Mas o descontrole financeiro entra no rol dos “contribuintes” para a baixa produtividade do trabalhador brasileiro.
Ter problemas financeiras afeta nossa motivação. Gera desânimo e desesperança. E isso tem um impacto direto no resultado do trabalho das pessoas.
Em muitos projetos desenvolvidos em empresas recebi depoimentos de profissionais que relataram isso: estou desmotivado, estou improdutivo, não consigo me concentrar, estou pensando em pedir as contas para pagar as dívidas.
E quando conseguem uma boa orientação e aprendem a organizar sua vida financeira, estas mesmas pessoas mudam rapidamente de pensamento e dizem que agora querem não só ficar na organização e dar o melhor de si.
Quantas pessoas já me disseram que após passarem por um processo de reeducação financeira deixaram de ir ao psicólogo, voltaram a praticar esportes e estão mais produtivas. E esta produtividade vai além do ambiente profissional.
Pessoas com saúde financeira são mais produtivas e criativas com pais e mães, como cônjuges, como filhos, como cidadãos.
– Famílias estruturadas
Mais uma vez, uma coisa leva a outra. Todos os resultados que descrevemos até agora proporcionarão às pessoas mais satisfação em suas vidas.
Pessoas com saúde financeira são mais ponderadas em seus atos. Pessoas com saúde financeira tendem a cometer menos erros.
Isso vai significar que as famílias serão melhor estruturadas. Menos discussões entre casais, menos discórdia entre filhos, menos divórcios, menos problemas sociais.
– Nações mais prósperas
Pronto. Olha onde chegamos. Uma nação com educação financeira se torna uma nação próspera.
E “próspero” aqui significa mais que bens financeiros e materiais. Significa um país com mais justiça social, menos corrupção, mais cidadania, mais sustentabilidade.
CONTINUA…