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Estamos passando por dois episódios de desentendimentos entre casais famosos.
As mulheres destes relacionamentos, Ana Hickmann e Naiara Azevedo dizem que seus maridos, Alexandre Correa e Rafael Cabral, respectivamente, administraram os seus recursos financeiros de forma inadequada e prejudicial a elas.
No caso de Ana Hickman tem se destacado a informação sobre o alto nível de endividamento do casal.
A apresentadora da Tv Record diz que a era responsável por trabalhar e gerar recursos enquanto o seu marido era totalmente responsável pela gestão financeira destes recursos.
Com a cantora sertaneja o destaque é para diversos bens conquistados pelo casal que estariam em nome apenas do marido e familiares dele.
Segundo ela, o ex-marido e seus parentes estão dificultando acesso a informações sobre o patrimônio que foi construído enquanto eram casados.
Ana Hickmann e Naiara Azevedo cometeram erros gravíssimos relativos à gestão financeira conjugal que são repetidos por milhares de mulheres que não são famosas e isso causa-lhes também muitos problemas quando, infelizmente, os seus relacionamentos terminam.
Em mais de 13 anos como Consultor Financeiro Pessoal e Familiar já atendi muitas mulheres que passaram por problemas financeiros porque entregaram a gestão dos seus recursos completamente aos seus parceiros.
Entregar a gestão ao parceiro não é problema, desde que você entenda algumas lições básicas de relacionamento com dinheiro.
Vou compartilhar com você três lições básicas e poderosas que poderão preservar a saúde financeira familiar e, de quebra, manter, salvar e fortalecer o seu relacionamento.
Lição número 1: A administração financeira familiar não é assunto só para os homens.
Há muitos rótulos (negativos) que relacionam mulher e dinheiro: elas são consumistas, não sabem lidar com números, gastam por impulso etc.
Essas afirmações são preconceituosas e inverídicas, e, muitos dos maridos que afirmam “essas” opiniões para suas esposas são pessoas manipuladoras que querem exercer controle sobre elas.
Ser consumista, gastar por impulso, não saber lidar com números são comportamentos comuns a homes e mulheres, e na mesma proporção.
Aliás, há homens que são muito mais “incompetentes” para gerenciar dinheiro do que as mulheres.
Em pesquisa realizada pela associação comercial de São Paulo foi demonstrado que tanto homens e mulheres têm baixo nível de educação financeira, ambos ficando com a mesma nota: 5,2.
Veja este “print” que tirei da matéria
A única diferença é que homens e mulheres usam o seu dinheiro para finalidades diferentes.
Podemos dar como exemplo mulheres gastando com roupas e calçados enquanto homens com automóveis, eletrônicos etc.
É evidente que esses “hábitos de consumo mudam de pessoa para pessoa, portanto não estou generalizando com o exemplo acima.
Sabemos que algumas pessoas – homens e mulheres – tem uma habilidade melhor para gerenciar as finanças pessoais e da família.
Mas isso não significa que seja um dom inato, uma competência natural que trazemos desde o nosso nascimento.
Qualquer pessoa (homem ou mulher) pode, por meio de estudo e orientação, aprender a administrar recursos financeiros e materiais.
E essa competência, à medida que vai sendo valorizada pelo individuo, se desenvolve, se aperfeiçoa, dando-nos melhores condições de tornar a nossa vida financeira saudável.
Portanto, você mulher, deve rejeitar qualquer rótulo ou comentário negativo sobre sua importância e utilidade para a gestão financeira conjugal.
Busque fontes de aprendizado e em pouco tempo será uma grande aliada do seu cônjuge nesta tarefa importante.
Lição número 2: Marido que ama de verdade, compartilha as informações financeiras do casal.
Muitas mulheres simplesmente renunciam a qualquer informação sobre o dinheiro do casal.
Entregam a gestão e praticamente o uso dos recursos financeiros ao seu marido acreditando na suposta competência deles para esta gestão financeira.
Muitas vezes isso não acontece e é comum estes maridos “administradores” usarem incorretamente os recursos financeiros do casal, seja em atividades de consumo ou de investimentos, comprometendo a estabilidade e independência financeira familiar.
A atitude correta de um marido que realmente ama e respeita sua esposa é que ele tenha controles financeiros das finanças da família (renda, despesas, investimentos, dívidas) e compartilhe todo mês com a sua esposa estas informações em reuniões específicas para tratar deste assunto.
Estas reuniões não precisam ser longas, mas devem ser suficientes para que ambos estejam conscientes da real situação financeira do casal, seja em tempos de fartura, seja em tempos de escassez.
Mesmo que a esposa seja relutante em conversar sobre o assunto, o marido deve buscar conscientizar a esposa sobre a importância de participar desta gestão financeira, pedindo que ela se interesse e procure saber o suficiente sobre o que como estão sendo utilizados os seus rendimentos.
A esposa, mesmo que números não sejam o seu forte, deve se esforçar para aprender o mínimo pois, além de ser essencial para a sua proteção financeira (e dos filhos), deve considerar a possibilidade de precisar a assumir as rédeas da gestão financeira caso o marido falte (doença, morte, separação, etc.).
A esposa deve saber sobre onde estão documentos referentes a patrimônio e recursos financeiros (planilhas, contratos, apólices, cartões e senhas de bancos) assim como a existência de contas bancárias, investimentos financeiros, dívidas etc.
Lição número 3: O casal deve buscar conhecimento sobre Educação Financeira Pessoal e Familiar
Dinheiro é um assunto delicado nos relacionamentos não só quando os recursos são limitados.
Dinheiro em abundância também pode se tornar um grande problema conjugal e nem sempre torna o relacionamento a prova de desgastes.
É o que estamos vendo nas histórias dessas duas mulheres famosas, que, como disse acima, se repetem com outras milhares de mulheres.
As pessoas pensam:
– Ah! Se eu tivesse uma renda maior meus problemas acabariam!
Este é um pensamento totalmente equivocado.
A maioria das pessoas (e casais) não está preparada para ter aumento de rendimentos, devido ao “analfabetismo financeiro”.
Em muitos casos, aumentos de renda significam o início dos problemas financeiros ao casal, que começam sutilmente com o aumento de gastos e se tornam enormes encrencas conjugais, levando inclusive ao divórcio e brigas judiciais.
Investir em conhecimento sobre educação financeira pessoal, conjugal e familiar é uma forma de prevenir problemas financeiros na família e, mais do que isso, preservar a saúde do relacionamento.
Casal que aprende sobre Educação Financeira enriquece junto.
Por outro lado, casais que desprezam o dinheiro e negligenciam a busca por conhecimento sobre finanças empobrecem material e sentimentalmente.
É isso que eu descobri após dezenas de consultorias financeiras para casais e deu origem à mentoria Finanças Para Casais – As melhores práticas dos casais que conquistam a liberdade financeira.
Eu poderia citar outras lições importantes sobre Educação Financeira Familiar, mas estas acima são suficientes para você proteger o seu bem-estar-financeiro e a harmonia do seu relacionamento.
Mais do que isso, se colocar em prática o que estou orientando acima, provavelmente o relacionamento vai se fortalecer e vocês crescerão financeira, profissional e emocionalmente.
Se você quer investir em uma Mentoria Financeira Para Casais, entre em contato conosco.