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É comum as pessoas fazerem malabarismos para pagar as contas todo mês.
Pagam a conta de luz, mas atrasam a conta de água. Para pagar a internet não conseguem pagar a fatura integral do cartão de crédito.
Em algum momento esse jogo de empurra não resolve mais, então é preciso começar a usar o cheque especial e os empréstimos pessoais. Mais adiante os consignados.
Ah, sem esquecer que começam a usar outros cartões de crédito que estavam guardados para alguma “emergência”.
O resultado mais recente é esse:
E antes de você começar a gerar justificativas mentais para esse problema, por exemplo dizendo que parte dessas pessoas estão desempregadas ou estão com algum problema pessoal ou familiar, afirmo a você que grande parte desses 72 milhões são de pessoas que estão gerando algum tipo de renda, e chegaram nessa situação por um problema generalizado: dificuldades na gestão dos seus recursos financeiros.
Essas dificuldades se concretizam na forma de analfabetismo financeiro, ou, falando de outra forma, falta de educação financeira.
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Um erro comum que pode ser evitado
Eu vou te passar agora uma falha quase que universal que as pessoas cometem e as levam a ter esses problemas financeiros, chegando até ao endividamento e ao superendividamento.
Para isso vou usar uma lei da física que diz que “dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, ao mesmo tempo”
Para dar um caráter visual ao meu exemplo, vamos fazer um exercício prático.
Pegue um copo americano (190 ml) e uma garrafa pet de 1,5 l cheia de água.
E agora eu vou te dar um desafio:
Coloque todo o conteúdo da garrafa pet dentro do copo de água.
Eu espero você tentar.
Deu certo?
Conseguiu?
Claro que não?
Isso porque a quantidade de matéria (água na garrafa pet) é 7 vezes maior que a capacidade do copo americano.
Mas o que isso tem a ver com o descontrole financeiro
Tem tudo a ver.
A Sua Renda, Independente da Quantia, É Um Recurso Finito
O seu rendimento, independente do valor (pode ser mil, 5 mil, 200 mil reais) é a capacidade do copo americano. Ou seja, seja qual for a sua renda, ela tem um limite, uma capacidade máxima.
A garrafa d’agua representa a soma de nossas necessidades e desejos. Ela sempre será maior que a nossa capacidade de gerar renda.
O problema é que, quando falamos de dinheiro, as pessoas não olham para o copo. Elas fecham os olhos e pensam somente na garrafa.
Elas querem ter todas as suas necessidades supridas e ainda adicionam os seus desejos, que não são poucos, na sua lista de compras. De outra forma as pessoas querem fazer caber todos os seus gastos dentro das suas receitas, mas é muito comum esta operação ser impossível pois o que elas gastam é superior (e ás vezes bastante superior) ao que recebem.
Muita gente morre na praia já no superdimensionamento das suas necessidades básicas. Você deve se lembrar também da “Pirâmide de Maslow”, que fala sobre essas necessidades.
Uma necessidade básica do ser humano é alimentação. Mas quando eu exagero muito nesse item do meu orçamento, indo em excesso a restaurantes e consumindo fast food, a tendência é que eu gaste mais do que eu preciso.
Se você incluir os seus desejos, aí é que a coisa desanda mesmo.
É por isso que pessoas que ganham muito bem (vou dar um exemplo de uma renda de R$ 50.000,00/mês) começam a comprar roupas de grife, carros de marca, casas luxuosas, construindo um padrão de vida maior que a sua renda.
Isso significa o desconhecimento ou desobediência a uma lei básica da Educação Financeira
“Gaste menos do que você ganha”
Para aplicar essa lei você não precisa ser prêmio Nobel da Matemática. Basta que saiba fazer contas básicas de adição e subtração, algo que você começou a aprender nos primeiro e segundo anos do ensino fundamental.
Vou traduzir de outra forma: o valor total de suas despesas (gastos) não pode ser maior que as suas receitas (recebimentos).
Isso vale para qualquer pessoa, independente do nível cultural, social, intelectual.
Ora Júlio, mas é muito difícil fazer isso.
Eu não disse que é fácil, também não digo que é impossível.
Você precisa, primeiramente, querer fazer isso acontecer.
E aí eu te dou duas recomendações básicas:
1)Tenha um controle financeiro (e use-o corretamente)
Se você começar a fazer um bom controle financeiro, certamente começará a enxergar muitos excessos que podem ser eliminados e o seu resultado financeiro começará a melhorar.
Engana-se quem diz que tem o seu controle financeiro na memória.
Preciso salientar que um bom controle financeiro não é apenas uma planilha de anotações. Você precisa entender como deve organizar os registros no seu controle financeiro e depois saber analisar estas informações.
Se você quer ter acesso à planilha que ofereço aos meus alunos e clientes juntamente com um treinamento simples e objetivo para você dar uma guinada na sua vida financeira, entre em contato.1)
2)Comece a estudar Educação Financeira.
Aprenda inglês, alemão mandarim. Aprenda tecnologia, aprenda a controlar suas emoções. Contrate um personal trainer para aprender a ter mais saúde física.
Mas aprenda também Educação Financeira. Aliás, quem aprende Educação Financeira se desenvolve em outras áreas de vida.
Um controle financeiro é uma das fases do aprendizado da Educação Financeira. Mas existe muito mais a aprender pois educação financeira não é só números.
Tenho plena convicção que se a maioria da sociedade tiver acesso a este conceito e colocá-lo em prática, a proporção de endividados e poupadores vai se inverter.
Se você quer aprender mais sobre este assunto, tenho uma mentoria personalizada de Educação Financeira Familiar.
Entre em contato para mais detalhes.
